Método de administração
Os comprimidos podem ser tomados durante, após ou entre as refeições. Os comprimidos devem ser tomados com um pouco de líquido.
Em pacientes que estejam passando de carbamazepina comprimidos convencionais para comprimidos revestidos de desintegração lenta: a experiência clínica mostra que, em alguns casos, a posologia na forma de comprimidos de desintegração lenta pode necessitar de um aumento.
É importante tomar o medicamento regularmente. Se o paciente se esquecer de tomar uma dose, deverá tomá-la logo que possível e então, voltar ao esquema habitual. Se já for hora de tomar a próxima dose, deve tomá-la normalmente sem dobrar o número de comprimidos.
A retirada do produto deve ser gradual e de acordo com a orientação médica.
Depois de aberto, manter o medicamento fechado e em lugar seguro.
Dosagem e administração
Epilepsia
Quando possível, a carbamazepina deve ser prescrito em monoterapia.
O tratamento deve ser iniciado com uma posologia diária baixa, e aumentada gradualmente até que se obtenha um efeito ótimo.
A dose de carbamazepina deve ser ajustada às necessidades individuais do paciente para obter um controle adequado das convulsões. A determinação dos níveis plasmáticos pode ajudar no estabelecimento da posologia ótima. No tratamento de epilepsia, a dose de carbamazepina geralmente requer concentrações de carbamazepina totais no plasma de cerca de 4 a 12 microgramas / mL (17-50 micromoles / litro).
Quando a carbamazepina for adicionado a terapias antiepilépticas já existentes, a adição deve ser gradual, enquanto se mantém ou, se necessário, se adapta a posologia do(s) outro(s) antiepiléptico(s).
Posologia população alvo geral/Adultos
Dosagem na epilepsia:
Inicialmente, 100 a 200mg, 1 a 2 vezes ao dia; a dose deve ser gradualmente aumentada (geralmente até 400mg, 2 a 3 vezes ao dia) até que se obtenha uma resposta ótima. Em alguns pacientes, a dose de 1.600 ou mesmo 2.000mg/dia pode ser apropriada.
Dosagem na mania aguda e tratamento de manutenção em distúrbios afetivos bipolares:
O intervalo de dose é de 400 a 1.600mg/dia, sendo que a posologia usual é de 400 a 600mg/dia, em 2 a 3 doses divididas. Em mania aguda, a posologia deve ser aumentada mais rapidamente, enquanto que para a terapia de manutenção em distúrbios bipolares, são recomendados pequenos aumentos de dose, a fim de garantir tolerabilidade ótima.
Dosagem na síndrome de abstinência alcoólica:
A dosagem média é de 200mg, 3 vezes ao dia. Em casos graves, esta dosagem pode ser elevada durante os primeiros dias (por ex.: 400mg, 3 vezes ao dia). No início do tratamento de manifestações de abstinência grave, a carbamazepina deve ser administrado em combinação com fármacos sedativo-hipnóticos (por ex.: clometiazol, clordiazepóxido). Após o alívio da fase aguda, a carbamazepina pode ser continuado em monoterapia.
Dosagem na neuralgia do trigêmeo:
A posologia inicial de 200 a 400mg/dia, deve ser elevada lentamente até a obtenção do alívio da dor (normalmente 200mg, 3 a 4 vezes ao dia). A dosagem deve, então, ser reduzida gradualmente para o menor nível de manutenção possível. A dose máxima recomendada é de 1200mg/dia. Quando o alívio da dor for obtido, devem ser feitas gradualmente tentativas para interromper o tratamento, até que outro ataque ocorra.
Dosagem na neuropatia diabética dolorosa:
A dosagem média é de 200mg, 2 a 4 vezes ao dia.
Dosagem na diabetes insípida central:
A dosagem média para adultos é de 200mg, 2 a 3 vezes ao dia. Em crianças, a dosagem deve ser reduzida proporcionalmente à idade e ao peso corporal.
Posologia Insuficiência renal / Insuficiência hepática
Não existem dados disponíveis sobre a farmacocinética da carbamazepina em pacientes com insuficiência hepática ou renal.
Posologia Pediatria/Crianças e adolescentes
Dosagem na epilepsia
Para crianças de 4 anos ou menos, é recomendada a dose inicial de 20 a 60mg/dia, aumentada de 20 a 60mg a cada dois dias. Para crianças acima de 4 anos, a terapia pode começar com 100mg/dia, aumentada de 100mg em intervalos semanais.
Dose de manutenção:
10 a 20mg/kg de peso corporal ao dia, em doses divididas:
- Até 1 ano de idade: 100 a 200mg por dia.
- 1 a 5 anos de idade: 200 a 400mg por dia.
- 6 a 10 anos de idade: 400 a 600mg por dia.
- 11 a 15 anos de idade: 600 a 1.000mg por dia.
- - > 15 anos de idade: 800 a 1200mg por dia.
Dose máxima recomendada:
- Até 6 anos de idade: 35mg/kg/dia.
- 6-15 anos de idade: 1000mg/dia.
- >15 anos de idade: 1200mg/dia.
Dosagem na diabetes insípida central
Em crianças, a dosagem deve ser reduzida proporcionalmente à idade e ao peso corporal. A dosagem média para adultos é de 200mg, 2 a 3 vezes ao dia.
Posologia para Idosos
Dosagem na neuralgia do trigêmeo:
Devido a interações medicamentosas e farmacocinéticas diferentes de medicamentos antiepilépticos, a dose de carbamazepina deve ser selecionada com precaução em pacientes idosos.
Em pacientes idosos, é recomendada a dose inicial de 100mg duas vezes por dia. A dose inicial de 100mg duas vezes por dia deve ser lentamente aumentada diariamente até a obtenção do alívio da dor (normalmente de 200mg 3 a 4 vezes por dia). A dose deve ser gradualmente reduzida para o nível de manutenção mais baixo possível. Dose máxima recomendada é de 1200mg/dia. Quando o alívio da dor for obtido, devem ser feitas tentativas para interromper o tratamento gradualmente, até que outro ataque ocorra.
O comprimido de carbamazepina não deve ser aberto ou mastigado.
Resumo do perfil de segurança
Particularmente no início do tratamento com a carbamazepina, se a posologia inicial for elevada demais ou durante o tratamento de pacientes idosos, certos tipos de reações adversas ocorrem muito frequentemente ou frequentemente, como por ex.: reações adversas no SNC (vertigem, cefaleia, ataxia, sonolência, fadiga e diplopia); distúrbios gastrintestinais (náusea e vômito), e reações alérgicas na pele.
As reações adversas relacionadas à dose, geralmente diminuem dentro de poucos dias, espontaneamente, ou após redução transitória da posologia. A ocorrência de reações adversas no SNC pode ser uma manifestação de superdose relativa ou de flutuação significativa dos níveis plasmáticos. Em tais casos, é aconselhável monitorizar os níveis plasmáticos.
Resumo tabulado das reações adversas compiladas a partir de ensaios clínicos e de relatos espontâneos
As reações adversas de ensaios clínicos estão listadas pela classe de sistema de órgãos MedDRA. Dentro de cada classe de sistema de órgãos, as reações adversas estão classificadas por frequência, com as reações mais frequentes primeiro. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade. Além disso, a categoria de frequência correspondente para cada reação adversa a medicamentos é baseada na seguinte convenção (CIOMS III):
- - Muito comum (≥ 1/10);
- - Comum (≥ 1/100 a <1/10);
- - Incomum (≥ 1 / 1000 a <1/100);
- - Rara (≥ 1/10 000, <1/1, 000);
- - Muito rara (<1/10, 000).
Distúrbios do sangue e sistema linfático
Muito comum:
Leucopenia.
Comum:
Trombocitopenia, eosinofilia.
Rara:
Leucocitose, linfadenopatia.
Muito rara:
Agranulocitose, anemia aplástica, pancitopenia, aplasia de eritrócito pura, anemia, anemia megaloblástica, reticulose e anemia hemolítica.
Distúrbios do sistema imunológico
Rara:
Distúrbio de hipersensibilidade retardada em múltiplos órgãos com febre, erupções de pele, vasculite, linfadenopatia, pseudo linfoma, artralgia, leucopenia, eosinofilia, hepatoesplenomegalia, teste da função hepática anormal e síndrome do desaparecimento do ducto biliar (destruição e desaparecimento dos ductos biliares intrahepáticos), ocorrendo em várias combinações. Outros órgãos também podem ser afetados (por ex.: pulmões, rins, pâncreas, miocárdio e cólon).
Muito rara:
Reação anafilática, angioedema, hipogamaglobulinemia.
Distúrbios endócrinos
Comum:
Edema, retenção de líquido, aumento de peso, hiponatremia e redução de osmolaridade do sangue causada por um efeito semelhante ao do hormônio antidiurético (ADH), conduzindo em casos raros, à intoxicação hídrica acompanhada de letargia, vômito, cefaleia, confusão e distúrbios neurológicos
Muito rara:
Galactorreia e ginecomastia.
Distúrbios de metabolismo e nutrição
Rara:
Deficiência de folato e diminuição do apetite.
Muito rara:
Porfiria aguda (porfiria aguda intermitente e porfiria variegada), porfiria não aguda (porfiria cutânea tardia).
Distúrbios psiquiátricos
Rara:
Alucinações (visuais ou auditivas), depressão, agressão, agitação, inquietação e estado de confusão.
Muito rara:
Ativação de psicose.
Distúrbios do sistema nervoso
Muito comum:
Ataxia, vertigem, sonolência.
Comum:
Diplopia e cefaleia.
Incomum:
Movimentos involuntários anormais (por ex.: tremor, asterixis, distonia, tiques) e nistagmo.
Rara:
Discinesia, distúrbios de movimento dos olhos, distúrbios da fala (por ex.: disartria ou pronúncia desarticulada da fala), coreoatetose, neuropatia periférica, parestesia, paresia.
Muito rara:
Síndrome neuroléptica maligna, meningite asséptica com mioclonia e eosinofilia periférica, disgeusia.
Distúrbios visuais
Comum:
Distúrbio de acomodação (por ex.: visão borrada).
Muito rara:
Opacidade lenticular, conjuntivite, pressão intraocular aumentada.
Distúrbios do ouvido e labirinto
Muito rara:
Distúrbios auditivos, por ex.: zumbido, hiperacusia, hipoacusia e mudança na percepção do espaço.
Distúrbios cardíacos
Rara:
Distúrbios de condução cardíaca.
Muito rara:
Arritmia, bloqueio átrio-ventricular com síncope, bradicardia, insuficiência cardíaca congestiva, agravamento da doença coronariana.
Distúrbios vasculares
Rara:
Hipertensão ou hipotensão.
Muito rara:
Colapso circulatório, embolismo (por ex.: embolismo pulmonar), tromboflebite.
Distúrbios respiratórios torácicos e mediastínicos
Muito rara:
Hipersensibilidade pulmonar caracterizada, por ex.: por febre, dispneia, pneumonite ou pneumonia.
Distúrbios gastrintestinais
Muito comum:
Vômito, náusea.
Comum:
Boca seca.
Incomum:
Diarreia, constipação.
Rara:
Dor abdominal.
Muito rara:
Pancreatite, glossite, estomatite.
Distúrbios hepatobiliares
Rara:
Hepatite colestática e parenquimatosa (hepatocelular) ou de tipo mista, síndrome do desaparecimento do ducto biliar, icterícia.
Muito rara:
Insuficiência hepática, doença do fígado granulomatosa.
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Muito comum:
Urticária que em alguns casos pode ser grave, dermatite alérgica.
Incomum:
Dermatite esfoliativa.
Rara:
Lupus eritematoso sistêmico, prurido.
Muito rara:
Síndrome de Stevens-Johnson*, necrólise epidérmica tóxica, reação de fotossensibilidade, eritema multiforme, eritema nodoso, distúrbio de pigmentação, púrpura, acne, hiperidrose, alopecia, hirsutismo.
Distúrbios músculo-esqueléticos, tecidos conectivos e ósseos
Rara:
Fraqueza muscular.
Muito rara:
Distúrbios do metabolismo ósseo (diminuição do cálcio plasmático e sanguíneo 25-hidroxi-colecalciferol), levando a osteomalacia / osteoporose, artralgia, mialgia, espasmos musculares.
Distúrbios renais e urinários
Muito rara:
Nefrite tubulointersticial, insuficiência renal, disfunção renal (por ex.: albuminúria, hematúria, oligúria e ureia sanguínea aumentada/azotemia elevada), retenção urinária, frequência urinária alterada.
Distúrbios reprodutivos
Muito rara:
Disfunção sexual / disfunção erétil, espermatogênese anormal (com contagem diminuída do esperma e/ou motilidade).
Distúrbios gerais e condições do local de administração
Rara:
Fadiga.
Investigações
Muito comum:
Aumento da gama-glutamil transferase (devido à indução de enzima hepática), geralmente não é clinicamente relevante.
Comum:
Aumento da fosfatase alcalina do sangue.
Incomum:
Aumento das transaminases.
Muito rara:
Aumento da pressão intraocular, aumento do colesterol no sangue, aumento da lipoproteína de alta densidade, aumento dos triglicérides no sangue.
Teste de função da tiroide anormal:
Diminuição da L-tiroxina (tiroxina livre, tiroxina, triiodotironina) e aumento no sangue do hormônio estimulante da tireóide, geralmente sem manifestações, aumento na prolactina no sangue.
*Em alguns países asiáticos, também reportadas como raras.
Reações adversas a medicamentos adicionais a partir de relatos espontâneos (frequência não conhecida)
As seguintes reações adversas são derivadas de experiência pós-comercialização com a carbamazepina via relatos de casos espontâneos e literatura.
Estas reações são relatadas voluntariamente em uma população de tamanho incerto, não sendo possível estimar a frequência e, portanto, é classificada como desconhecida. As reações adversas são listadas de acordo com classes de sistemas de órgãos MedDRA. Dentro de cada classe de sistema de órgãos, as reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade.
Infecções e Infestações:
Reativação da infecção por herpes vírus 6 humano.
Distúrbios hematológicos e do sistema linfático:
Insuficiência da medula óssea.
Distúrbios do sistema nervoso:
Sedação, perda de memória.
Distúrbios gastrointestinais:
Colite.
Doenças do sistema imune:
Erupção à droga com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS).
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Pustulose Aguda Exantemática Generalizada (AGEP), queratose liquenoide, onicomadese.
Distúrbios musculoesqueléticos e dos tecidos conjuntivos:
Fraturas.
Investigações:
Diminuição da densidade óssea.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.