Contraindicação
O hemifumarato de quetiapina é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente de sua fórmula.
Este medicamento contém lactose.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Instruções de Uso
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
O hemifumarato de quetiapina deve ser administrado por via oral, com ou sem alimentos.
Esquizofrenia, Episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar
O hemifumarato de quetiapina deve ser administrado duas vezes ao dia. No entanto, o hemifumarato de quetiapina pode ser administrado três vezes ao dia em crianças e adolescentes dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente.
Manutenção do transtorno afetivo bipolar I em combinação com os estabilizadores de humor lítio ou valproato
O hemifumarato de quetiapina deve ser administrado duas vezes ao dia.
Episódios de depressão associados ao transtorno afetivo bipolar
O hemifumarato de quetiapina deve ser administrado à noite, em dose única diária.
Posologia Esquizofrenia
Adolescentes (13 a 17 anos de idade)
A dose total diária para os cinco dias iniciais do tratamento é de 50mg (dia 1), 100mg (dia 2), 200mg (dia 3), 300mg (dia 4) e 400mg (dia 5). Após o 5° dia de tratamento, a dose deve ser ajustada até atingir a faixa de dose considerada eficaz de 400 a 800mg/dia dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente. Ajustes de dose devem ser em incrementos não maiores que 100mg/dia.
A segurança e eficácia do hemifumarato de quetiapina não foram estabelecidas em crianças com idade inferior a 13 anos de idade com esquizofrenia.
Adultos
A dose total diária para os quatro dias iniciais do tratamento é de 50mg (dia 1), 100mg (dia 2), 200mg (dia 3) e 300mg (dia 4). Após o 4° dia de tratamento, a dose deve ser ajustada até atingir a faixa considerada eficaz de 300 a 450mg/dia. Entretanto, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente, a dose pode ser ajustada na faixa de dose de 150 a 750mg/dia.
Posologia Episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar
Crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade)
A dose total diária para os cinco dias iniciais do tratamento é de 50mg (dia 1), 100mg (dia 2), 200mg (dia 3), 300mg (dia 4) e 400mg (dia 5). Após o 5° dia de tratamento, a dose deve ser ajustada até atingir a faixa de dose considerada eficaz de 400 a 600mg/dia dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente. Ajustes de dose podem ser em incrementos não maiores que 100mg/dia.
A segurança e eficácia do hemifumarato de quetiapina não foram estabelecidas em crianças com idade inferior a 10 anos de idade com mania bipolar.
Adultos
A dose total diária para os quatro primeiros dias do tratamento é de 100mg (dia 1), 200mg (dia 2), 300mg (dia 3) e 400mg (dia 4). Outros ajustes de dose de até 800mg/dia no 6° dia não devem ser maiores que 200mg/dia. A dose pode ser ajustada dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente, dentro do intervalo de dose de 200 a 800mg/dia. A dose usual efetiva está na faixa de dose de 400 a 800mg/dia.
Posologia pisódios de depressão associados ao transtorno afetivo bipolar
A dose deve ser titulada como descrito a seguir:
- - 50mg (dia 1);
- - 100mg (dia 2);
- - 200mg (dia 3);
- - 300mg (dia 4).
O hemifumarato de quetiapina pode ser titulado até 400mg no dia 5 e até 600mg no dia 8.
A eficácia antidepressiva foi demonstrada com o hemifumarato de quetiapina com 300mg e 600mg, entretanto benefícios adicionais não foram observados no grupo 600mg durante tratamento de curto prazo.
Manutenção do transtorno afetivo bipolar I em combinação com os estabilizadores de humor lítio ou valproato:
Os pacientes que responderam ao hemifumarato de quetiapina na terapia combinada a um estabilizador de humor (lítio ou valproato) para o tratamento agudo de transtorno bipolar devem continuar com a terapia do hemifumarato de quetiapina na mesma dose.
A dose pode ser ajustada dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade individual de cada paciente. A eficácia foi demonstrada com o hemifumarato de quetiapina (administrado duas vezes ao dia totalizando 400 a 800mg/dia) como terapia de combinação a estabilizador de humor (lítio ou valproato).
Posologia para tratamento de manutenção no transtorno bipolar em monoterapia
Pacientes que respondem ao hemifumarato de quetiapina para tratamento agudo de transtorno bipolar devem continuar o tratamento na mesma dose, sendo que esta pode ser reajustada dependendo da resposta clínica e tolerabilidade individual de cada paciente, entre a faixa de 300mg a 800mg/ dia.
Se o paciente esquecer de tomar o comprimido de hemifumarato de quetiapina, deve tomá-lo assim que se lembrar. Deverá tomar a próxima dose no horário habitual e não tomar uma dose dobrada.
Crianças e adolescentes
A segurança e a eficácia do hemifumarato de quetiapina não foram avaliadas em crianças e adolescentes com depressão bipolar e no tratamento de manutenção do transtorno bipolar.
Insuficiência hepática
A quetiapina é extensivamente metabolizada pelo fígado. Portanto, o hemifumarato de quetiapina deve ser usado com cautela em pacientes com insuficiência hepática conhecida, especialmente durante o período inicial. Pacientes com insuficiência hepática devem iniciar o tratamento com 25mg/dia. A dose pode ser aumentada em incrementos de 25 a 50mg até atingir a dose eficaz, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente.
Insuficiência renal
Não é necessário ajuste de dose.
Idosos
Assim como com outros antipsicóticos, o hemifumarato de quetiapina deve ser usado com cautela em pacientes idosos, especialmente durante o período inicial. Pode ser necessário ajustar a dose do hemifumarato de quetiapina lentamente e a dose terapêutica diária pode ser menor do que a usada por pacientes jovens, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente. A depuração plasmática média da quetiapina foi reduzida de 30% a 50% em pacientes idosos quando comparada a pacientes jovens. O tratamento deve ser iniciado com 25mg/dia do hemifumarato de quetiapina, aumentando a dose diariamente em incrementos de 25 a 50mg até atingir a dose eficaz, que provavelmente será menor que a dose para pacientes mais jovens.
Reações Adversa
As reações adversas a medicamentos (ADRs) mais comumente relatadas com a quetiapina (≥10%) são:
Sonolência, tontura, boca seca, sintomas de descontinuação, elevação nos níveis séricos de triglicérides, elevação no colesterol total (predominantemente no LDL) redução do colesterol HDL, aumento de peso, redução da hemoglobina, de sintomas extrapiramidais.
A incidência das ADRs associadas com a quetiapina está descrita na tabela a seguir:
Frequência |
Sistemas |
Reações Adversas |
Muito comum (≥ 10%)
|
Alterações gastrointestinais
|
Boca seca
|
Alterações gerais
|
Sintomas de descontinuaçãoa, j.
|
Investigações
|
Elevações dos níveis de triglicérides séricosa,k; Elevações do colesterol total (predominantemente LDL colesterol) a,l; Diminuição de HDL colesterola,r; Ganho de pesoc; Diminuição da hemoglobinas
|
Alterações do sistema nervoso
|
Tontura a,e,q; Sonolência b,q; Sintomas Extrapiramidais a,p
|
Comum (≥1% < 10%)
|
Alterações do sangue e sistema linfático
|
Leucopeniaa, x
|
Alterações cardíacas
|
Tarquicardiaa, e; palpitaçõest.
|
Alterações visuais
|
Visão borrada
|
Alterações gastrointestinais
|
Constipação; Dispepsia; Vômitov
|
Alterações gerais
|
Astenia leve; Edema periférico; Irritabilidade; Pirexia
|
Investigações
|
Elevações das alaninas aminotransaminases séricas (ALT)d; Elevações nos níveis de gama GTd; Redução da contagem de neutrófilosa g; Aumento de eosinófilosw; Aumento da glicose no sangue para níveis hiperglicêmicosa,h; Elevações da prolactina séricao; Diminuição do T4 totalu; Diminuição do T4 livreu; Diminuição do T3 totalu; Aumento do TSHu
|
Alterações do sistema Nervoso
|
Disartria
|
Alterações do metabolismo e nutrição
|
Aumento do apetite
|
Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino
|
Dispneiat
|
Alterações vasculares
|
Hipotensão ortostática a,e,q
|
Alterações psiquiátricas
|
Sonhos anormais e pesadelos
|
Incomum (≥ 0,1% < 1%)
|
Alterações cardíacas
|
Bradicardiay
|
Alterações gastrointestinais
|
Disfagia a, i
|
Alterações do sistema Imune
|
Hipersensibilidade
|
Investigações
|
Elevações da aspartato aminotransferase sérica (AST)d;
Diminuição da contagem de Plaquetas n;
Diminuição do T3 livre u
|
Alterações do sistema nervoso
|
Convulsãoa; Síndrome das pernas inquietas; Discinesia tardiaa; Síncope a,e,q
|
Rara ( > 0,01 % - < 0,1 % )
Muito rara (<0,01%) |
Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino |
Rinite |
Alterações renais e urinária |
Retenção urinária |
Alterações gerais |
Síndrome neuroléptica malignaa, Hipotermia |
Investigações |
Elevação dos níveis de cratino fosfoquinase no sanguem, Agranulocitosez |
Alterações psiquiátricas |
Sonambulismo e outros eventos relacionados |
Alterações do sistema reprodutor e mamas |
Priapismo, galactorréia |
Alterações gastrointestinais |
Obstrução intestinal / Íleo |
Alterações do sistema imune |
Reações anafiláticasf |
Desconhecida |
Distúrbios gerais e condições do local de administração |
Abstinência neonatalaa |
- - a Ver item Advertências.
- - b Pode ocorrer sonolência, normalmente durante as duas primeiras semanas de tratamento, e que geralmente é resolvida com a continuação da administração da quetiapina.
- - c Baseado no aumento de ≥ 7% do peso corporal a partir do basal. Ocorre predominantemente durante as primeiras semanas de tratamento, em adultos.
- - d Foram observadas elevações assintomáticas (mudança de normal a ≥ 3 X ULN a qualquer momento) dos níveis das transaminases séricas (ALT – alanina aminotransferase, AST – aspartato aminotransferase) ou dos níveis de gama-GT em alguns pacientes recebendo quetiapina. Geralmente, esses aumentos foram reversíveis no decorrer do tratamento com quetiapina.
- - e Assim como com outros antipsicóticos com atividade bloqueadora alfa1-adrenérgica, a quetiapina pode induzir hipotensão ortostática associada à tontura, taquicardia e síncope em alguns pacientes, especialmente durante a fase inicial de titulação da dose.
- - f A inclusão da reação anafilática é baseada em relatos pós-comercialização.
- - g Em todos os estudos clínicos de monoterapia placebo-controlados de curta duração entre pacientes com contagem de neutrófilos basal ≥ 1,5 X 109/L, a incidência de pelo menos uma ocorrência da contagem de neutrófilos < 1,5 X 109/L foi de 1,9% em pacientes tratados com quetiapina em comparação com 1,5% dos pacientes tratados com placebo. A incidência ≥ 0,5 a < 1,0 X 109/L foi 0,2% em pacientes tratados com quetiapina e 0,2% em pacientes tratados com placebo. Em estudosclínicos conduzidos antes do aditamento ao protocolo para a descontinuação de pacientes com contagem de neutrófilos <1,0 x 109 /L devido ao tratamento, entre pacientes com contagem de neutrófilos basal ≥ 1,5 X 109/L, a incidência de pelo menos uma ocorrência da contagem de neutrófilos < 0,5 X 109/L foi de 0,21% em pacientes tratados com quetiapina e 0% em pacientes tratados com placebo.
- - h Glicemia de jejum ≥ 126mg/dL ou glicemia sem jejum ≥ 200mg/dL em pelo menos uma ocasião.
- - i Aumento da taxa de disfagia com quetiapina versus placebo foi observado apenas nos estudos clínicos de depressão bipolar.
- - j Em estudos clínicos de monoterapia placebo-controlados de fase aguda, que avaliaram os sintomas de descontinuação, a incidência agregada desses sintomas após a interrupção abrupta foi de 12,1% para quetiapina e 6,7% para o placebo. A incidência agregada dos eventos adversos individuais (ex.: insônia, náusea, cefaleia, diarreia, vômitos, tontura e irritabilidade) não excedeu 5,3% em qualquer grupo de tratamento e geralmente foi resolvida após 1 semana da descontinuação.
- - k Triglicérides ≥ 200mg/dL (em pacientes com idade ≥ 18 anos) ou ≥ 150mg/dL (em pacientes com idade < 18 anos) em pelo menos uma ocasião.
- - l Colesterol ≥ 240mg/dL (em pacientes com idade ≥ 18 anos) ou ≥ 200mg/dL (em pacientes com idade < 18 anos) em pelo menos uma ocasião.
- - m Baseado em relatórios de eventos adversos em estudos clínicos, o aumento de creatino fosfoquinase no sangue não está associado à síndrome neuroléptica maligna.
- - n Plaquetas ≤ 100 X 109/L em pelo menos uma ocasião.
- - o Níveis de prolactina (pacientes com idade ≥ 18 anos): > 20μg/L em homens; > 30μg/L em mulheres a qualquer momento.
- - p Ver texto descrito a seguir.
- - q Pode levar a quedas.
- - r HDL colesterol: < 40mg/dL em homens; < 50mg/dL em mulheres a qualquer momento.
- - s Ocorreu diminuição de hemoglobina para ≤ 13 g/dL em homens e ≤ 12 g/dL em mulheres em pelo menos uma ocasião em 11% dos pacientes tomando quetiapina em todos os estudos, incluindo extensões abertas. Em estudos de curto prazo placebo-controlados, ocorreu diminuição de hemoglobina para ≤ 13g/dL em homens e ≤12g/dL em mulheres em pelo menos uma ocasião em 8,3% dos pacientes tomando quetiapina em comparação com 6,2% dos pacientes tomando placebo.
- - t Esses relatos ocorreram frequentemente na presença de taquicardia, tonturas, hipotensão ortostática e/ou doença cardíaca/respiratória subjacente.
- - u Baseado em mudanças a partir da linha de base normal até o valor potencial clinicamente importante em qualquer momento após a linha de base para todos os ensaios clínicos. Mudanças no T4 total, T4 livre, T3 total e T3 livre são definidas como < 0,8 x LLN (pmol/L) e mudança de TSH é > 5mUI/L em qualquer momento.
- - v Baseado no aumento da taxa de vômito em pacientes idosos (≥ 65 anos de idade).
- - w Baseado em mudanças da linha de base normal até o valor potencial clinicamente importante em qualquer momento após a linha de base em todos os ensaios clínicos. Alterações nos eosinófilos são definidas como ≥ 1 x 109 células/L em qualquer momento.
- - x Baseado em mudanças da linha de base normal até o valor potencial clinicamente importante em qualquer momento após a linha de base em todos os ensaios clínicos. Alterações nos glóbulos brancos são definidas como ≤ 3 x 109 células/L em qualquer momento.
- - y Pode ocorrer no tratamento ou perto do início do tratamento e estar associada à hipotensão e/ou síncope. Frequência baseada em relatos de eventos adversos de bradicardia e em eventos relacionados em todos os ensaios clínicos com quetiapina.
- - z Com base na frequência de pacientes com neutropenia grave (<0,5 x 109/L) e infecções durante todos os estudos clínicos de quetiapina.
- - Aa Ver item Advertências e precauções.
Sintomas extrapiramidais
Em estudos clínicos placebo-controlados de curto prazo em esquizofrenia e mania bipolar, a incidência agregada de EPS foi similar ao placebo (esquizofrenia: 7,8% para o hemifumarato de quetiapina e 8% para o placebo; mania bipolar: 11,2% para o hemifumarato de quetiapina e 11,4% para o placebo).
Em estudos clínicos placebo controlados de curto prazo em depressão bipolar, a incidência agregada de EPS foi de 8,9% para o hemifumarato de quetiapina em comparação com 3,8% para o placebo, embora a incidência de eventos adversos individuais (ex.: acatisia, alterações extrapiramidais, tremor, discinesia, distonia, inquietação, contração muscular involuntária, hiperatividade psicomotora e rigidez muscular) ter sido geralmente baixa e não ter excedido 4% em qualquer grupo de tratamento.
Em estudos clínicos de longo prazo de esquizofrenia e transtornos afetivos bipolares, a incidência ajustada da exposição agregada de EPS devido ao tratamento foi similar entre a quetiapina e o placebo.
Níveis de hormônios tireoidianos
O tratamento com a quetiapina foi associado com diminuições relacionadas à dose dos níveis de hormônios da tireoide. Em estudos clínicos placebo-controlados de curto prazo, a incidência de alterações potenciais e clinicamente significativas dos níveis de hormônios da tireoide foram:
- - T4 total: 3,4% para a quetiapina versus 0,6% para o placebo;
- - T4 livre: 0,7% para a quetiapina versus 0,1% para o placebo;
- - T3 total : 0,54% para a quetiapina versus 0,0% para o placebo e T3 livre: 0,2% para a quetiapina versus 0,0% para o placebo.
A incidência de alterações no TSH foi de 3,2% para a quetiapina versus 2,7% para o placebo. Em estudos de monoterapia placebo-controlados de curto prazo, a incidência de alterações de reciprocidade, potencial e clinicamente significativas no T3 e no TSH foi de 0,0% tanto para a quetiapina e quanto para o placebo e 0,1% para a quetiapina versus 0,0% para o placebo para as alterações no T4 e no TSH. A redução do T4 total e livre foi máxima nas primeiras seis semanas de tratamento com a quetiapina, sem redução adicional durante o tratamento de longo prazo. Em quase todos os casos, a interrupção do tratamento com a quetiapina foi associada com a reversão dos efeitos sobre T4 total e livre, independentemente da duração do tratamento. Em oito pacientes, onde foi medida a TBG, os níveis de TBG não foram alterados.
Crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade)
As mesmas reações adversas acima descritas para adultos devem ser consideradas para crianças e adolescentes.
A tabela a seguir resume as reações adversas que ocorrem em maior frequência em crianças e adolescentes do que em adultos ou reações adversas que não foram identificadas em pacientes adultos.
Frequência
|
Sistemas
|
Reações Adversas
|
Muito comum (≥ 10%)
|
Alterações no metabolismo e nutricional
|
Aumento do apetite
|
Investigações
|
Elevações da prolactina sériaaa; Aumento na pressão arterialb
|
Comum (≥1% <10%)
|
Alterações gastrointestinais
|
Vômito
|
Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino
|
Rinite
|
Alterações do sistema nervoso
|
Síncope
|
- Níveis de prolactina (pacientes < 18 anos de idade): > 20μg/L em homens; > 26μg/L em mulheres a qualquer momento. Menos de 1% dos pacientes tiveram um aumento do nível de prolactina > 100μg/L.
- Baseado nos dados lineares clinicamente significativos (adaptados a partir dos critérios do National Institutes of Health) ou aumentos > 20mmHg para pressão arterial sistólica ou > 10mmHg para pressão arterial diastólica, a qualquer momento, em dois estudos agudos placebo-controlados (3-6 semanas) em crianças e adolescentes.
Ganho de peso em crianças e adolescentes
Em um estudo clínico placebo-controlado de 6 semanas em esquizofrenia com pacientes adolescentes (13 a 17 anos de idade), a média de aumento no peso corporal foi 2,0Kg no grupo hemifumarato de quetiapina e 0,4Kg no grupo placebo. 21% dos pacientes tratados com o hemifumarato de quetiapina e 7% dos pacientes tratados com placebo adquiriram ≥ 7% do seu peso corporal.
Em um estudo clínico placebo-controlado de 3 semanas em mania bipolar com crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade), a média de aumento no peso corporal foi 1,7Kg no grupo hemifumarato de quetiapina e 0,4Kg no grupo placebo. 12% dos pacientes tratados com o hemifumarato de quetiapina e 0% dos pacientes tratados com placebo adquiriram ≥ 7% do seu peso corporal.
Em um estudo clínico aberto que envolveu pacientes dos dois estudos citados anteriormente, 63% dos pacientes (241/380) completaram 26 semanas de terapia com o hemifumarato de quetiapina. Após 26 semanas de tratamento, a média de aumento no peso corporal foi 4,4Kg. 45% dos pacientes adquiriram ≥ 7% do seu peso corporal, não ajustado ao crescimento normal. A fim de ajustar para o crescimento normal, após 26 semanas, um aumento de pelo menos 0,5 no desvio padrão do basal no IMC foi utilizado como uma medida de uma mudança clinicamente significativa; 18,3% dos pacientes com o hemifumarato de quetiapina preencheram este critério após 26 semanas de tratamento.
Sintomas extrapiramidais em crianças e adolescentes
Em um estudo clínico de monoterapia placebo-controlado de curto prazo em esquizofrenia com pacientes adolescentes (13 a 17 anos de idade), a incidência agregada de EPS foi 12,9% para o hemifumarato de quetiapina e 5,3% para o placebo, embora a incidência dos eventos adversos individuais (ex.: acatisia, tremor, alterações extrapiramidais, hipocinesia, inquietação, hiperatividade psicomotora, rigidez muscular, discinesia) foi geralmente baixa e não excedeu 4,1% em nenhum grupo de tratamento. Em um estudo clínico de monoterapia placebo-controlado de curto prazo em mania bipolar com crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade), a incidência agregada de EPS foi 3,6% para o hemifumarato de quetiapina e 1,1% para o placebo.
Pancreatite
Pancreatite foi relatada nos estudos clínicos e durante a experiência pós-comercialização, no entanto, não foi estabelecida uma relação casual. Entre os relatos pós-comercialização, muitos pacientes apresentaram fatores conhecidos por estarem associados à pancreatite, tais como aumento das triglicérides, cálculos biliares e o consumo de álcool.
Constipação e obstrução intestinal
A constipação representa um fator de risco para a obstrução intestinal. Foram relatadas constipação e obstrução intestinal com o uso da quetiapina. Isto inclui relatos fatais em pacientes com alto risco de obstrução intestinal, incluindo aqueles que estavam recebendo múltiplas medicações concomitantes que reduzem a motilidade intestinal e/ou que podem não ter relatado sintomas de constipação.
Outros possíveis eventos
Outros possíveis eventos foram observados em ensaios clínicos com hemifumarato de quetiapina; porém, uma relação casual não foi estabelecida: agitação, ansiedade, faringite, prurido, dor abdominal, hipotensão postural, dor nas costas, febre, gastroenterite, hipertonia, espasmos, depressão, ambliopia, distúrbio da fala, hipotensão, corpo pesado, hipertensão, falta de coordenação, pensamentos anormais, ataxia, sinusite, sudorese, infecção do trato urinário, fadiga, letargia, congestão nasal, artralgia, parestesia, tosse, hipersonia, doença do refluxo gastroesofágico, dor nas extremidades, perturbação do equilíbrio, hipoestesia, parkinsonismo, anorexia, abscesso no dente, epistaxe, agressão, rigidez musculoesquelética, superdosagem acidental, acne, palidez, desconforto no estômago, dor de ouvido, parestesia e sede.
Experiência pós-comercialização
As seguintes reações adversas foram identificadas durante a comercialização de hemifumarato de quetiapina. Como estas reações são relatadas voluntariamente por população de tamanho incerto, não é sempre possível estimar com segurança a sua frequência ou estabelecer uma relação casual com a exposição ao medicamento.
As reações adversas relatadas desde a introdução no mercado, que foram temporalmente relacionados à terapia com quetiapina, incluem: reação anafilática, cardiomiopatia, reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (HID), hiponatremia, miocardite, enurese noturna, pancreatite, amnésia retrógrada, rabdomiólise, síndrome de secreção inadequada de hormônio antidiurético (SIADH), síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), e necrólise epidérmica tóxica (NET).
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos.
Especificações
Indicação:<p>Em adultos, o hemifumarato de quetiapina é indicado para o tratamento da esquizofrenia, como monoterapia ou adjuvante no tratamento dos episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar, dos episódios de depressão associados ao transtorno afetivo bipolar, no tratamento de manutenção do transtorno afetivo bipolar I (episódios maníaco, misto ou depressivo) em combinação com os estabilizadores de humor lítio ou valproato, e como monoterapia no tratamento de manutenção no transtorno afetivo bipolar (episódios de mania, mistos e depressivos).</p>
<p>Em adolescentes (13 a 17 anos), o hemifumarato de quetiapina é indicado para o tratamento da esquizofrenia.</p>
<p>Em crianças e adolescentes (10 a 17 anos), o hemifumarato de quetiapina é indicado como monoterapia ou adjuvante no tratamento dos episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar.</p>
BloqueioVenda:Não
Tipo Modalidade:Controlados
Contraindicação:<p>O hemifumarato de quetiapina é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente de sua fórmula.</p>
<p><strong>Este medicamento contém lactose. </strong></p>
<p><strong>Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.</strong></p>
Reações Adversas:<h3>As reações adversas a medicamentos (ADRs) mais comumente relatadas com a quetiapina (≥10%) são:</h3>
<p>Sonolência, tontura, boca seca, sintomas de descontinuação, elevação nos níveis séricos de triglicérides, elevação no colesterol total (predominantemente no LDL) redução do colesterol HDL, aumento de peso, redução da hemoglobina, de sintomas extrapiramidais.</p>
<p><strong>A incidência das ADRs associadas com a quetiapina está descrita na tabela a seguir:</strong></p>
<table border="1" cellpadding="1" cellspacing="1" style="width:100%">
<tbody>
<tr>
<td style="text-align:center; width:173px"><strong>Frequência</strong></td>
<td style="text-align:center; width:265px"><strong>Sistemas</strong></td>
<td style="text-align:center; width:559px"><strong>Reações Adversas</strong></td>
</tr>
<tr>
<td colspan="1" rowspan="4" style="width:173px">
<p style="text-align:center"><strong>Muito comum (≥ 10%)</strong></p>
</td>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações gastrointestinais</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Boca seca</p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações gerais</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Sintomas de descontinuação<sup>a, j.</sup></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Investigações</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Elevações dos níveis de triglicérides séricos<sup>a,k</sup>; Elevações do colesterol total (predominantemente LDL colesterol) <sup>a,l</sup>; Diminuição de HDL colesterol<sup>a,r</sup>; Ganho de peso<sup>c</sup>; Diminuição da hemoglobina<sup>s</sup></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações do sistema nervoso</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Tontura <sup>a,e,q</sup>; Sonolência <sup>b,q</sup>; Sintomas Extrapiramidais <sup>a,p</sup></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td colspan="1" rowspan="11" style="text-align:center; width:173px">
<p style="text-align:center"><strong>Comum (≥1% < 10%)</strong></p>
</td>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações do sangue e sistema linfático</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Leucopenia<sup>a, x</sup></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações cardíacas</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Tarquicardia<sup>a, e</sup>; palpitações<sup>t</sup>.</p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações visuais</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Visão borrada</p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações gastrointestinais</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Constipação; Dispepsia; Vômito<sup>v</sup></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações gerais</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Astenia leve; Edema periférico; Irritabilidade; Pirexia</p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Investigações</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Elevações das alaninas aminotransaminases séricas (ALT)<sup>d</sup>; Elevações nos níveis de gama GT<sup>d</sup>; Redução da contagem de neutrófilos<sup>a g</sup>; Aumento de eosinófilos<sup>w</sup>; Aumento da glicose no sangue para níveis hiperglicêmicos<sup>a,h</sup>; Elevações da prolactina sérica<sup>o</sup>; Diminuição do T4 total<sup>u</sup>; Diminuição do T4 livre<sup>u</sup>; Diminuição do T3 total<sup>u</sup>; Aumento do TSH<sup>u</sup></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações do sistema Nervoso</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Disartria</p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações do metabolismo e nutrição</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Aumento do apetite</p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Dispneia<sup>t</sup></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações vasculares</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Hipotensão ortostática<sup> a,e,q</sup></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações psiquiátricas</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Sonhos anormais e pesadelos</p>
</td>
</tr>
<tr>
<td colspan="1" rowspan="5" style="width:173px">
<p style="text-align:center"><strong>Incomum (≥ 0,1% < 1%)</strong></p>
</td>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações cardíacas</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Bradicardia<sup>y</sup></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações gastrointestinais</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Disfagia <sup>a, i</sup></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações do sistema Imune</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Hipersensibilidade</p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Investigações</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Elevações da aspartato aminotransferase sérica (AST)<sup>d</sup>;<br>
Diminuição da contagem de Plaquetas <sup>n</sup>;<br>
Diminuição do T3 livre<sup> u</sup></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="width:265px">
<p style="text-align:center">Alterações do sistema nervoso</p>
</td>
<td style="width:559px">
<p style="text-align:center">Convulsão<sup>a</sup>; Síndrome das pernas inquietas; Discinesia tardia<sup>a</sup>; Síncope <sup>a,e,q</sup></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td colspan="1" rowspan="8" style="text-align:center; width:173px"><strong>Rara ( > 0,01 % - < 0,1 % )</strong><br>
<strong>Muito rara (<0,01%) </strong></td>
<td style="text-align:center; width:265px">Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino</td>
<td style="text-align:center; width:559px">Rinite</td>
</tr>
<tr>
<td style="text-align:center; width:265px">Alterações renais e urinária</td>
<td style="text-align:center; width:559px">Retenção urinária</td>
</tr>
<tr>
<td style="text-align:center; width:265px">Alterações gerais</td>
<td style="text-align:center; width:559px">Síndrome neuroléptica maligna<sup>a</sup>, Hipotermia</td>
</tr>
<tr>
<td style="text-align:center; width:265px">Investigações</td>
<td style="text-align:center; width:559px">Elevação dos níveis de cratino fosfoquinase no sangue<sup>m</sup>, Agranulocitose<sup>z</sup></td>
</tr>
<tr>
<td style="text-align:center; width:265px">Alterações psiquiátricas</td>
<td style="text-align:center; width:559px">Sonambulismo e outros eventos relacionados</td>
</tr>
<tr>
<td style="text-align:center; width:265px">Alterações do sistema reprodutor e mamas</td>
<td style="text-align:center; width:559px">Priapismo, galactorréia</td>
</tr>
<tr>
<td style="text-align:center; width:265px">Alterações gastrointestinais</td>
<td style="text-align:center; width:559px">Obstrução intestinal / Íleo</td>
</tr>
<tr>
<td style="text-align:center; width:265px">Alterações do sistema imune</td>
<td style="text-align:center; width:559px">Reações anafiláticas<sup>f</sup></td>
</tr>
<tr>
<td colspan="1" style="text-align:center; width:173px"><strong>Desconhecida</strong></td>
<td style="text-align:center; width:265px">Distúrbios gerais e condições do local de administração</td>
<td style="text-align:center; width:559px">Abstinência neonatal<sup>aa</sup></td>
</tr>
</tbody>
</table>
<ul>
<li>-<sup> a</sup> Ver item Advertências.</li>
<li>-<sup> b </sup>Pode ocorrer sonolência, normalmente durante as duas primeiras semanas de tratamento, e que geralmente é resolvida com a continuação da administração da quetiapina.</li>
<li>-<sup> c</sup> Baseado no aumento de ≥ 7% do peso corporal a partir do basal. Ocorre predominantemente durante as primeiras semanas de tratamento, em adultos.</li>
<li>- <sup>d</sup> Foram observadas elevações assintomáticas (mudança de normal a ≥ 3 X ULN a qualquer momento) dos níveis das transaminases séricas (ALT – alanina aminotransferase, AST – aspartato aminotransferase) ou dos níveis de gama-GT em alguns pacientes recebendo quetiapina. Geralmente, esses aumentos foram reversíveis no decorrer do tratamento com quetiapina.</li>
<li>-<sup> e</sup> Assim como com outros antipsicóticos com atividade bloqueadora alfa1-adrenérgica, a quetiapina pode induzir hipotensão ortostática associada à tontura, taquicardia e síncope em alguns pacientes, especialmente durante a fase inicial de titulação da dose.</li>
<li>-<sup> f </sup>A inclusão da reação anafilática é baseada em relatos pós-comercialização.</li>
<li>- <sup>g</sup> Em todos os estudos clínicos de monoterapia placebo-controlados de curta duração entre pacientes com contagem de neutrófilos basal ≥ 1,5 X 109/L, a incidência de pelo menos uma ocorrência da contagem de neutrófilos < 1,5 X 10<sup>9</sup>/L foi de 1,9% em pacientes tratados com quetiapina em comparação com 1,5% dos pacientes tratados com placebo. A incidência ≥ 0,5 a < 1,0 X 10<sup>9</sup>/L foi 0,2% em pacientes tratados com quetiapina e 0,2% em pacientes tratados com placebo. Em estudosclínicos conduzidos antes do aditamento ao protocolo para a descontinuação de pacientes com contagem de neutrófilos <1,0 x 10<sup>9</sup> /L devido ao tratamento, entre pacientes com contagem de neutrófilos basal ≥ 1,5 X 10<sup>9</sup>/L, a incidência de pelo menos uma ocorrência da contagem de neutrófilos < 0,5 X 10<sup>9</sup>/L foi de 0,21% em pacientes tratados com quetiapina e 0% em pacientes tratados com placebo.</li>
<li>-<sup> h</sup> Glicemia de jejum ≥ 126mg/dL ou glicemia sem jejum ≥ 200mg/dL em pelo menos uma ocasião.</li>
<li>-<sup> i </sup>Aumento da taxa de disfagia com quetiapina versus placebo foi observado apenas nos estudos clínicos de depressão bipolar.</li>
<li>-<sup> j </sup>Em estudos clínicos de monoterapia placebo-controlados de fase aguda, que avaliaram os sintomas de descontinuação, a incidência agregada desses sintomas após a interrupção abrupta foi de 12,1% para quetiapina e 6,7% para o placebo. A incidência agregada dos eventos adversos individuais (ex.: insônia, náusea, cefaleia, diarreia, vômitos, tontura e irritabilidade) não excedeu 5,3% em qualquer grupo de tratamento e geralmente foi resolvida após 1 semana da descontinuação.</li>
<li>-<sup> k</sup> Triglicérides ≥ 200mg/dL (em pacientes com idade ≥ 18 anos) ou ≥ 150mg/dL (em pacientes com idade < 18 anos) em pelo menos uma ocasião. </li>
<li>-<sup> l </sup>Colesterol ≥ 240mg/dL (em pacientes com idade ≥ 18 anos) ou ≥ 200mg/dL (em pacientes com idade < 18 anos) em pelo menos uma ocasião. </li>
<li>- <sup>m</sup> Baseado em relatórios de eventos adversos em estudos clínicos, o aumento de creatino fosfoquinase no sangue não está associado à síndrome neuroléptica maligna.</li>
<li>-<sup> n</sup> Plaquetas ≤ 100 X 10<sup>9</sup>/L em pelo menos uma ocasião.</li>
<li>-<sup> o</sup> Níveis de prolactina (pacientes com idade ≥ 18 anos): > 20μg/L em homens; > 30μg/L em mulheres a qualquer momento.</li>
<li>-<sup> p</sup> Ver texto descrito a seguir.</li>
<li>-<sup> q </sup>Pode levar a quedas.</li>
<li>-<sup> r </sup>HDL colesterol: < 40mg/dL em homens; < 50mg/dL em mulheres a qualquer momento.</li>
<li>- <sup>s</sup> Ocorreu diminuição de hemoglobina para ≤ 13 g/dL em homens e ≤ 12 g/dL em mulheres em pelo menos uma ocasião em 11% dos pacientes tomando quetiapina em todos os estudos, incluindo extensões abertas. Em estudos de curto prazo placebo-controlados, ocorreu diminuição de hemoglobina para ≤ 13g/dL em homens e ≤12g/dL em mulheres em pelo menos uma ocasião em 8,3% dos pacientes tomando quetiapina em comparação com 6,2% dos pacientes tomando placebo.</li>
<li>-<sup> t</sup> Esses relatos ocorreram frequentemente na presença de taquicardia, tonturas, hipotensão ortostática e/ou doença cardíaca/respiratória subjacente. </li>
<li>-<sup> u </sup>Baseado em mudanças a partir da linha de base normal até o valor potencial clinicamente importante em qualquer momento após a linha de base para todos os ensaios clínicos. Mudanças no T<sub>4</sub> total, T<sub>4</sub> livre, T<sub>3</sub> total e T<sub>3</sub> livre são definidas como < 0,8 x LLN (pmol/L) e mudança de TSH é > 5mUI/L em qualquer momento. </li>
<li>-<sup> v</sup> Baseado no aumento da taxa de vômito em pacientes idosos (≥ 65 anos de idade). </li>
<li>-<sup> w</sup> Baseado em mudanças da linha de base normal até o valor potencial clinicamente importante em qualquer momento após a linha de base em todos os ensaios clínicos. Alterações nos eosinófilos são definidas como ≥ 1 x 10<sup>9</sup> células/L em qualquer momento. </li>
<li>-<sup> x </sup>Baseado em mudanças da linha de base normal até o valor potencial clinicamente importante em qualquer momento após a linha de base em todos os ensaios clínicos. Alterações nos glóbulos brancos são definidas como ≤ 3 x 10<sup>9</sup> células/L em qualquer momento.</li>
<li><span style="font-size:10.8333px">-</span><sup><span style="font-size:10.8333px"> y </span></sup>Pode ocorrer no tratamento ou perto do início do tratamento e estar associada à hipotensão e/ou síncope. Frequência baseada em relatos de eventos adversos de bradicardia e em eventos relacionados em todos os ensaios clínicos com quetiapina.</li>
<li>-<sup> z </sup>Com base na frequência de pacientes com neutropenia grave (<0,5 x 10<sup>9</sup>/L) e infecções durante todos os estudos clínicos de quetiapina.</li>
<li>- A<sup>a</sup> Ver item Advertências e precauções.</li>
</ul>
<h3>Sintomas extrapiramidais</h3>
<p>Em estudos clínicos placebo-controlados de curto prazo em esquizofrenia e mania bipolar, a incidência agregada de EPS foi similar ao placebo (esquizofrenia: 7,8% para o hemifumarato de quetiapina e 8% para o placebo; mania bipolar: 11,2% para o hemifumarato de quetiapina e 11,4% para o placebo).</p>
<p>Em estudos clínicos placebo controlados de curto prazo em depressão bipolar, a incidência agregada de EPS foi de 8,9% para o hemifumarato de quetiapina em comparação com 3,8% para o placebo, embora a incidência de eventos adversos individuais (ex.: acatisia, alterações extrapiramidais, tremor, discinesia, distonia, inquietação, contração muscular involuntária, hiperatividade psicomotora e rigidez muscular) ter sido geralmente baixa e não ter excedido 4% em qualquer grupo de tratamento.</p>
<p>Em estudos clínicos de longo prazo de esquizofrenia e transtornos afetivos bipolares, a incidência ajustada da exposição agregada de EPS devido ao tratamento foi similar entre a quetiapina e o placebo.</p>
<h3>Níveis de hormônios tireoidianos</h3>
<p>O tratamento com a quetiapina foi associado com diminuições relacionadas à dose dos níveis de hormônios da tireoide. Em estudos clínicos placebo-controlados de curto prazo, a incidência de alterações potenciais e clinicamente significativas dos níveis de hormônios da tireoide foram:</p>
<ul>
<li><strong>- T<sub>4</sub> total:</strong> 3,4% para a quetiapina <em>versus </em>0,6% para o placebo;</li>
<li>- <strong>T<sub>4</sub> livre:</strong> 0,7% para a quetiapina <em>versus </em>0,1% para o placebo;</li>
<li><strong>- T<sub>3</sub> total : </strong>0,54% para a quetiapina <em>versus </em>0,0% para o placebo e T<sub>3</sub> livre: 0,2% para a quetiapina <em>versus </em>0,0% para o placebo.</li>
</ul>
<p>A incidência de alterações no TSH foi de 3,2% para a quetiapina versus 2,7% para o placebo. Em estudos de monoterapia placebo-controlados de curto prazo, a incidência de alterações de reciprocidade, potencial e clinicamente significativas no T<sub>3</sub> e no TSH foi de 0,0% tanto para a quetiapina e quanto para o placebo e 0,1% para a quetiapina versus 0,0% para o placebo para as alterações no T<sub>4</sub> e no TSH. A redução do T<sub>4</sub> total e livre foi máxima nas primeiras seis semanas de tratamento com a quetiapina, sem redução adicional durante o tratamento de longo prazo. Em quase todos os casos, a interrupção do tratamento com a quetiapina foi associada com a reversão dos efeitos sobre T<sub>4</sub> total e livre, independentemente da duração do tratamento. Em oito pacientes, onde foi medida a TBG, os níveis de TBG não foram alterados.</p>
<h3>Crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade)</h3>
<p>As mesmas reações adversas acima descritas para adultos devem ser consideradas para crianças e adolescentes.</p>
<p>A tabela a seguir resume as reações adversas que ocorrem em maior frequência em crianças e adolescentes do que em adultos ou reações adversas que não foram identificadas em pacientes adultos.</p>
<table border="1" cellpadding="1" cellspacing="1" style="width:100%">
<tbody>
<tr>
<td>
<p style="text-align:center"><strong>Frequência</strong></p>
</td>
<td>
<p style="text-align:center"><strong>Sistemas</strong></p>
</td>
<td>
<p style="text-align:center"><strong>Reações Adversas</strong></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td colspan="1" rowspan="2">
<p style="text-align:center"><strong>Muito comum (≥ 10%)</strong></p>
</td>
<td>
<p style="text-align:center">Alterações no metabolismo e nutricional</p>
</td>
<td>
<p style="text-align:center">Aumento do apetite</p>
</td>
</tr>
<tr>
<td>
<p style="text-align:center">Investigações</p>
</td>
<td>
<p style="text-align:center">Elevações da prolactina séria<sup>aa</sup>; Aumento na pressão arterial<sup>b</sup></p>
</td>
</tr>
<tr>
<td colspan="1" rowspan="3">
<p style="text-align:center"><strong>Comum (≥1% <10%)</strong></p>
</td>
<td>
<p style="text-align:center">Alterações gastrointestinais</p>
</td>
<td>
<p style="text-align:center">Vômito</p>
</td>
</tr>
<tr>
<td>
<p style="text-align:center">Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino</p>
</td>
<td>
<p style="text-align:center">Rinite</p>
</td>
</tr>
<tr>
<td>
<p style="text-align:center">Alterações do sistema nervoso</p>
</td>
<td>
<p style="text-align:center">Síncope</p>
</td>
</tr>
</tbody>
</table>
<ol>
<li><strong> Níveis de prolactina (pacientes < 18 anos de idade): </strong>> 20μg/L em homens; > 26μg/L em mulheres a qualquer momento. Menos de 1% dos pacientes tiveram um aumento do nível de prolactina > 100μg/L.</li>
<li>Baseado nos dados lineares clinicamente significativos (adaptados a partir dos critérios do <em>National Institutes of Health</em>) ou aumentos > 20mmHg para pressão arterial sistólica ou > 10mmHg para pressão arterial diastólica, a qualquer momento, em dois estudos agudos placebo-controlados (3-6 semanas) em crianças e adolescentes.</li>
</ol>
<h3>Ganho de peso em crianças e adolescentes</h3>
<p>Em um estudo clínico placebo-controlado de 6 semanas em esquizofrenia com pacientes adolescentes (13 a 17 anos de idade), a média de aumento no peso corporal foi 2,0Kg no grupo hemifumarato de quetiapina e 0,4Kg no grupo placebo. 21% dos pacientes tratados com o hemifumarato de quetiapina e 7% dos pacientes tratados com placebo adquiriram ≥ 7% do seu peso corporal.</p>
<p>Em um estudo clínico placebo-controlado de 3 semanas em mania bipolar com crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade), a média de aumento no peso corporal foi 1,7Kg no grupo hemifumarato de quetiapina e 0,4Kg no grupo placebo. 12% dos pacientes tratados com o hemifumarato de quetiapina e 0% dos pacientes tratados com placebo adquiriram ≥ 7% do seu peso corporal.</p>
<p>Em um estudo clínico aberto que envolveu pacientes dos dois estudos citados anteriormente, 63% dos pacientes (241/380) completaram 26 semanas de terapia com o hemifumarato de quetiapina. Após 26 semanas de tratamento, a média de aumento no peso corporal foi 4,4Kg. 45% dos pacientes adquiriram ≥ 7% do seu peso corporal, não ajustado ao crescimento normal. A fim de ajustar para o crescimento normal, após 26 semanas, um aumento de pelo menos 0,5 no desvio padrão do basal no IMC foi utilizado como uma medida de uma mudança clinicamente significativa; 18,3% dos pacientes com o hemifumarato de quetiapina preencheram este critério após 26 semanas de tratamento.</p>
<h3>Sintomas extrapiramidais em crianças e adolescentes</h3>
<p>Em um estudo clínico de monoterapia placebo-controlado de curto prazo em esquizofrenia com pacientes adolescentes (13 a 17 anos de idade), a incidência agregada de EPS foi 12,9% para o hemifumarato de quetiapina e 5,3% para o placebo, embora a incidência dos eventos adversos individuais (ex.: acatisia, tremor, alterações extrapiramidais, hipocinesia, inquietação, hiperatividade psicomotora, rigidez muscular, discinesia) foi geralmente baixa e não excedeu 4,1% em nenhum grupo de tratamento. Em um estudo clínico de monoterapia placebo-controlado de curto prazo em mania bipolar com crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade), a incidência agregada de EPS foi 3,6% para o hemifumarato de quetiapina e 1,1% para o placebo.</p>
<h3>Pancreatite </h3>
<p>Pancreatite foi relatada nos estudos clínicos e durante a experiência pós-comercialização, no entanto, não foi estabelecida uma relação casual. Entre os relatos pós-comercialização, muitos pacientes apresentaram fatores conhecidos por estarem associados à pancreatite, tais como aumento das triglicérides, cálculos biliares e o consumo de álcool.</p>
<h3>Constipação e obstrução intestinal</h3>
<p>A constipação representa um fator de risco para a obstrução intestinal. Foram relatadas constipação e obstrução intestinal com o uso da quetiapina. Isto inclui relatos fatais em pacientes com alto risco de obstrução intestinal, incluindo aqueles que estavam recebendo múltiplas medicações concomitantes que reduzem a motilidade intestinal e/ou que podem não ter relatado sintomas de constipação.</p>
<h3>Outros possíveis eventos</h3>
<p>Outros possíveis eventos foram observados em ensaios clínicos com hemifumarato de quetiapina; porém, uma relação casual não foi estabelecida: agitação, ansiedade, faringite, prurido, dor abdominal, hipotensão postural, dor nas costas, febre, gastroenterite, hipertonia, espasmos, depressão, ambliopia, distúrbio da fala, hipotensão, corpo pesado, hipertensão, falta de coordenação, pensamentos anormais, ataxia, sinusite, sudorese, infecção do trato urinário, fadiga, letargia, congestão nasal, artralgia, parestesia, tosse, hipersonia, doença do refluxo gastroesofágico, dor nas extremidades, perturbação do equilíbrio, hipoestesia, parkinsonismo, anorexia, abscesso no dente, epistaxe, agressão, rigidez musculoesquelética, superdosagem acidental, acne, palidez, desconforto no estômago, dor de ouvido, parestesia e sede.</p>
<h3>Experiência pós-comercialização</h3>
<p>As seguintes reações adversas foram identificadas durante a comercialização de hemifumarato de quetiapina. Como estas reações são relatadas voluntariamente por população de tamanho incerto, não é sempre possível estimar com segurança a sua frequência ou estabelecer uma relação casual com a exposição ao medicamento.</p>
<p>As reações adversas relatadas desde a introdução no mercado, que foram temporalmente relacionados à terapia com quetiapina, incluem: reação anafilática, cardiomiopatia, reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (HID), hiponatremia, miocardite, enurese noturna, pancreatite, amnésia retrógrada, rabdomiólise, síndrome de secreção inadequada de hormônio antidiurético (SIADH), síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), e necrólise epidérmica tóxica (NET).</p>
<p><strong>Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. </strong></p>
Como Usar:<p><strong>Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.</strong></p>
<p>O hemifumarato de quetiapina deve ser administrado por via oral, com ou sem alimentos.</p>
<h3>Esquizofrenia, Episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar</h3>
<p>O hemifumarato de quetiapina deve ser administrado duas vezes ao dia. No entanto, o hemifumarato de quetiapina pode ser administrado três vezes ao dia em crianças e adolescentes dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente.</p>
<h3>Manutenção do transtorno afetivo bipolar I em combinação com os estabilizadores de humor lítio ou valproato</h3>
<p>O hemifumarato de quetiapina deve ser administrado duas vezes ao dia.</p>
<h3>Episódios de depressão associados ao transtorno afetivo bipolar</h3>
<p>O hemifumarato de quetiapina deve ser administrado à noite, em dose única diária.</p>
<h2>Posologia Esquizofrenia</h2>
<h3>Adolescentes (13 a 17 anos de idade)</h3>
<p>A dose total diária para os cinco dias iniciais do tratamento é de 50mg (dia 1), 100mg (dia 2), 200mg (dia 3), 300mg (dia 4) e 400mg (dia 5). Após o 5° dia de tratamento, a dose deve ser ajustada até atingir a faixa de dose considerada eficaz de 400 a 800mg/dia dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente. Ajustes de dose devem ser em incrementos não maiores que 100mg/dia.</p>
<p>A segurança e eficácia do hemifumarato de quetiapina não foram estabelecidas em crianças com idade inferior a 13 anos de idade com esquizofrenia.</p>
<h3>Adultos</h3>
<p>A dose total diária para os quatro dias iniciais do tratamento é de 50mg (dia 1), 100mg (dia 2), 200mg (dia 3) e 300mg (dia 4). Após o 4° dia de tratamento, a dose deve ser ajustada até atingir a faixa considerada eficaz de 300 a 450mg/dia. Entretanto, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente, a dose pode ser ajustada na faixa de dose de 150 a 750mg/dia.</p>
<h2>Posologia Episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar</h2>
<h3>Crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade)</h3>
<p>A dose total diária para os cinco dias iniciais do tratamento é de 50mg (dia 1), 100mg (dia 2), 200mg (dia 3), 300mg (dia 4) e 400mg (dia 5). Após o 5° dia de tratamento, a dose deve ser ajustada até atingir a faixa de dose considerada eficaz de 400 a 600mg/dia dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente. Ajustes de dose podem ser em incrementos não maiores que 100mg/dia.</p>
<p>A segurança e eficácia do hemifumarato de quetiapina não foram estabelecidas em crianças com idade inferior a 10 anos de idade com mania bipolar.</p>
<h3>Adultos</h3>
<p>A dose total diária para os quatro primeiros dias do tratamento é de 100mg (dia 1), 200mg (dia 2), 300mg (dia 3) e 400mg (dia 4). Outros ajustes de dose de até 800mg/dia no 6° dia não devem ser maiores que 200mg/dia. A dose pode ser ajustada dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente, dentro do intervalo de dose de 200 a 800mg/dia. A dose usual efetiva está na faixa de dose de 400 a 800mg/dia.</p>
<h2>Posologia pisódios de depressão associados ao transtorno afetivo bipolar</h2>
<p>A dose deve ser titulada como descrito a seguir:</p>
<ul>
<li>- 50mg (dia 1);</li>
<li>- 100mg (dia 2);</li>
<li>- 200mg (dia 3);</li>
<li>- 300mg (dia 4).</li>
</ul>
<p>O hemifumarato de quetiapina pode ser titulado até 400mg no dia 5 e até 600mg no dia 8.</p>
<p>A eficácia antidepressiva foi demonstrada com o hemifumarato de quetiapina com 300mg e 600mg, entretanto benefícios adicionais não foram observados no grupo 600mg durante tratamento de curto prazo.</p>
<h3>Manutenção do transtorno afetivo bipolar I em combinação com os estabilizadores de humor lítio ou valproato:</h3>
<p>Os pacientes que responderam ao hemifumarato de quetiapina na terapia combinada a um estabilizador de humor (lítio ou valproato) para o tratamento agudo de transtorno bipolar devem continuar com a terapia do hemifumarato de quetiapina na mesma dose.</p>
<p>A dose pode ser ajustada dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade individual de cada paciente. A eficácia foi demonstrada com o hemifumarato de quetiapina (administrado duas vezes ao dia totalizando 400 a 800mg/dia) como terapia de combinação a estabilizador de humor (lítio ou valproato).</p>
<h2>Posologia para tratamento de manutenção no transtorno bipolar em monoterapia</h2>
<p>Pacientes que respondem ao hemifumarato de quetiapina para tratamento agudo de transtorno bipolar devem continuar o tratamento na mesma dose, sendo que esta pode ser reajustada dependendo da resposta clínica e tolerabilidade individual de cada paciente, entre a faixa de 300mg a 800mg/ dia.</p>
<p>Se o paciente esquecer de tomar o comprimido de hemifumarato de quetiapina, deve tomá-lo assim que se lembrar. Deverá tomar a próxima dose no horário habitual e não tomar uma dose dobrada.</p>
<h3>Crianças e adolescentes</h3>
<p>A segurança e a eficácia do hemifumarato de quetiapina não foram avaliadas em crianças e adolescentes com depressão bipolar e no tratamento de manutenção do transtorno bipolar.</p>
<h3>Insuficiência hepática</h3>
<p>A quetiapina é extensivamente metabolizada pelo fígado. Portanto, o hemifumarato de quetiapina deve ser usado com cautela em pacientes com insuficiência hepática conhecida, especialmente durante o período inicial. Pacientes com insuficiência hepática devem iniciar o tratamento com 25mg/dia. A dose pode ser aumentada em incrementos de 25 a 50mg até atingir a dose eficaz, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente.</p>
<h3>Insuficiência renal</h3>
<p>Não é necessário ajuste de dose.</p>
<h3>Idosos</h3>
<p>Assim como com outros antipsicóticos, o hemifumarato de quetiapina deve ser usado com cautela em pacientes idosos, especialmente durante o período inicial. Pode ser necessário ajustar a dose do hemifumarato de quetiapina lentamente e a dose terapêutica diária pode ser menor do que a usada por pacientes jovens, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente. A depuração plasmática média da quetiapina foi reduzida de 30% a 50% em pacientes idosos quando comparada a pacientes jovens. O tratamento deve ser iniciado com 25mg/dia do hemifumarato de quetiapina, aumentando a dose diariamente em incrementos de 25 a 50mg até atingir a dose eficaz, que provavelmente será menor que a dose para pacientes mais jovens.</p>
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Medicamento genérico - Lei N.º 9.787/99.