Sinvastatina é geralmente bem tolerada; a maioria das experiências adversas foi de natureza leve e transitória. Menos de 2% dos pacientes foram descontinuados dos estudos clínicos controlados por causa de reações adversas atribuíveis à sinvastatina.
As frequências dos seguintes eventos adversos, que foram relatados durante os estudos clínicos e/ou uso pós-comercialização, são categorizadas com base em uma avaliação de suas taxas de incidência nos amplos estudos clínicos, prolongados, controlados com placebo incluindo os estudos HPS e 4S com 20.536 e 4.444 pacientes, respectivamente. Para o HPS, foram registrados apenas os eventos adversos graves bem como mialgia, aumento de transaminases séricas e CK. Para o 4S, foram registrados todos os eventos adversos listados abaixo. Se as taxas de incidência para sinvastatina fossem menores ou similares às do placebo nestes estudos, e houvesse eventos de relato espontâneo razoavelmente com relação causal similar, esses eventos adversos seriam categorizados como “raros”.
No estudo HPS envolvendo 20.536 pacientes tratados com 40mg/dia de sinvastatina (n = 10.269) ou placebo (n = 10.267), os perfis de segurança foram comparáveis entre os pacientes tratados com sinvastatina e os pacientes que receberam placebo durante uma média de 5 anos de estudo. As frequências de descontinuação por eventos adversos foram comparáveis (4,8% em pacientes tratados com sinvastatina em comparação com 5,1% em pacientes que receberam placebo). A incidência de miopatia foi <0,1% em pacientes tratados com sinvastatina 40mg. Níveis elevados de transaminases (> 3X LSN confirmados por um novo teste) ocorreram em 0,21% (n = 21) dos pacientes tratados com sinvastatina em comparação com 0,09% (n = 9) dos pacientes que receberam placebo.
No estudo 4S envolvendo 4.444 pacientes que receberam 20-40mg/dia de sinvastatina (n = 2.221) ou placebo (n = 2.223), os perfis de segurança e tolerabilidade foram comparáveis entre os grupos de tratamento durante a mediana de 5,4 anos do estudo.
As frequências de eventos adversos são classificadas de acordo com as seguintes categorias:
- - Muito comum (> 1/10);
- - Comum (> 1/100, < 1/10);
- - Incomum (> 1/1000, < 1/100);
- - Raro (> 1/10.000, < 1/1000);
- - Muito Raro (< 1/10.000);
- - Desconhecido (não puderam ser estimados a partir dos dados disponíveis).
Reações de distúrbios do sangue e do sistema linfático
Raro:
Anemia.
Reações de distúrbios do sistema nervoso
Raro:
Cefaleia, parestesia, tontura, neuropatia periférica.
Muito raro:
Perda de memória.
Reações de distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino
Desconhecido:
Doença pulmonar intersticial.
Reações de distúrbios gastrintestinais
Raro:
Constipação, dor abdominal, flatulência, dispepsia, diarreia, náusea, vômito, pancreatite.
Reações de distúrbios da pele e do tecido subcutâneo
Raro:
Erupção cutânea, prurido, alopecia.
Reações de distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo
Raro:
Miopatia* (incluindo miosite), rabdomiólise com ou sem insuficiência renal, mialgia, cãibras musculares.
*Em um estudo clínico, a miopatia ocorreu comumente em pacientes tratados com a sinvastatina 80mg/dia em comparação com pacientes tratados com 20mg/dia (1,0 % versus 0,02 %, respectivamente).
Desconhecido:
Tendinopatia, algumas vezes complicada pela ruptura; miopatia necrotizante imunomediada (MNIM).**
**Houve relatos muito raros de miopatia necrotizante imunomediada (MNIM), uma miopatia autoimune, durante ou após tratamento com algumas estatinas. A MNIM é clinicamente caracterizada por: fraqueza muscular proximal persistente e creatina quinase sérica elevada, que persistem mesmo com a descontinuação do tratamento com estatina; biópsia muscular mostrando miopatia necrotizante sem inflamação significativa; melhoria com agentes imunossupressores.
Reações de distúrbios do sistema reprodutivo e da mama
Desconhecido:
Disfunção erétil.
Reações de distúrbios gerais e condições no local de administração
Raro:
Astenia.
Reaçõs de distúrbios hepatobiliares
Raro:
Hepatite/icterícia.
Muito raro:
Insuficiência hepática fatal e não fatal.
Reações de distúrbios psiquiátricos
Muito raro:
Insônia.
Desconhecido:
Depressão.
Uma síndrome aparente de hipersensibilidade tem sido relatada raramente, a qual incluiu algumas das características a seguir: angioedema, síndrome semelhante a lúpus, polimialgia reumática, dermatomiosite, vasculite, trombocitopenia, eosinofilia, velocidade de sedimentação eritrocitária (VHS) aumentada, artrite, artralgia, urticária, fotossensibilidade, febre, rubor, dispneia e mal-estar.
Reações em investigações
Raro:
Aumentos de transaminases séricas (alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase, γ-glutamil transpeptidase), níveis elevados de fosfatase alcalina; aumento dos níveis séricos de CK.
Desconhecido:
Foi reportado aumento dos níveis de HbA1c e glicose sérica de jejum com estatinas, incluindo sinvastatina.
Houve raros relatos pós-comercialização de disfunção cognitiva (por exemplo, perda de memória, esquecimento, amnésia, deterioração da memória, confusão) associados com o uso de estatinas, incluindo sinvastatina. Os relatos geralmente não são graves e são reversíveis com a descontinuação da estatina, com tempos variáveis para o início dos sintomas (de 1 dia a anos) e resolução dos sintomas (mediana de 3 semanas).
Os seguintes eventos adversos adicionais foram relatados com algumas estatinas:
- - Distúrbios do sono, incluindo pesadelos;
- - Disfunção sexual;
- - Diabetes mellitus: frequência depende da presença ou ausência de fatores de risco (glicose no sangue em jejum ≥ 5,6mmol/L, IMC> 30kg/m2, altos níveis de triglicerídeos, histórico de hipertensão).
Reações adversas na população pediátrica
Em um estudo de 48 semanas envolvendo crianças e adolescentes (meninos Tanner Stage II e acima e meninas com pelo menos um ano de pós-menarca) entre 10-17 anos de idade com hipercolesterolemia familiar heterozigótica (n = 175), no geral, o perfil de segurança e tolerabilidade do grupo tratado com sinvastatina foi semelhante ao do grupo de tratados com placebo. Os efeitos a longo prazo no desenvolvimento físico, intelectual e sexual são desconhecidos. Não há dados suficientes disponíveis atualmente após um ano de tratamento.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.